Abstract
O Brasil é um país marcado por uma cultura de violência, resquício de uma herança do colonialismo. Mesmo anos após a colonização brasileira e também da ditadura militar, os jovens continuam sendo filhos de uma nação que os exclui socialmente. Diante disso, devemos pensar a cidade com espaços de convivência e oportunidade aos jovens onde o acesso à educação, ao emprego, à cultura, ao esporte e ao lazer seja priorizado como projetos alternativos para romper a escala de violência vigente nos dias atuais. Mediante esses acontecimentos, está em curso no Estado do Rio Grande do Sul, o Programa de Oportunidades e Direitos executado pela Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos. Tal Programa traz em seu bojo políticas de atenção específicas para a juventude, além de dar atenção a outros setores da sociedade também fragilizados. Constituído como política pública, uma das ações do POD merece destaque pela incidência e
efetividade no que diz respeito à atenção à juventude: o Centro POD de juventude. As ações previstas pelo Programa buscam a emancipação dos jovens, especialmente àqueles que moram na periferia das grandes e médias cidades gaúchas. Essa ação, além de garantir institucionalmente o protagonismo necessário à juventude, nos permite arejar politicamente, ou seja, pensar novas formas, ações e alternativas, sem que continuemos a repetir políticas pensadas para uma juventude que não existe mais.