Resumo
A cidade de São Paulo, em pleno século XXI, é uma das poucas metrópoles do mundo com quase 12 milhões de habitantes em que o transporte coletivo está centrado principalmente no modal ônibus, sendo este o único de responsabilidade do município em toda sua extensão que forma uma ampla rede de itinerários para atender às regiões periféricas mais distantes e precárias. A política implícita ou explícita de incentivo ao uso do transporte individual das últimas décadas, fez com que o automóvel viesse ocupar progressivamente cada vez mais espaço do transporte público coletivo nas prioridades políticas no sentido da alocação de investimentos dos governos e no uso do espaço viário, promovendo ainda mais o processo perverso de exclusão social da população de baixa renda que alojada nos bairros dormitórios periféricos e usuária cativa do transporte coletivo, viu restringir seu acesso às oportunidades de trabalho e serviços básicos, portanto, limitando o crescimento dos níveis de mobilidade nas regiões periféricas da cidade. Esse trabalho tem o objetivo de propor uma nova alternativa de transporte público na cidade de São Paulo, especialmente em três bairros periféricos do extremo da Zona Leste, por meio de um novo modal de transporte