Abstract
O presente trabalho de conclusão de curso trás como objetivo refletir sobre o trabalho escravo contemporâneo, no Maranhão e consequentemente em Açailândia, enquanto problemática presente nos dias atuais, mesmo que a assinatura da Lei Áurea 1888, tenha previsto a abolição oficial da escravidão no Brasil. Passados mais de 125 anos, muitos homens, mulheres, idosos, e crianças ainda vivem em condições sub-humanas no campo e na cidade. A escravidão hoje se caracteriza com novas formas trazendo novas características, tais como: negação de direitos, falsas promessas feitas por aliciadores, os ditos gatos e empregadores, exploração através do emprego de excessivas jornadas de trabalho, condições degradantes de trabalho, restrições de liberdade por divida ou ameaça de morte e etc. A escravidão atual está diretamente ligada a fatores relacionados ao atual modelo de desenvolvimento econômico, pautado na busca incessante por lucro pelo empregador, confiantes pelo sentimento de impunidade que resiste ao tempo no que se refere ao combate a este crime. Além de observar a fragilidade do processo de criação de políticas públicas no Brasil, no que se refere ao trabalho, e descrever a face do trabalho escravo, configurada na exploração de trabalhadores rurais. É pertinente também analisar em que medida o Serviço Social atua para o enfrentamento do problema em questão, uma vez que o trabalho centraliza o cidadão como ator social, sujeito de direitos.