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O contingente de seres humanos vivendo nas ruas das cidades brasileiras é um desafio para governantes e estudiosos. A partir de uma radiografia da Cidade de Salvador, primeira capital do Brasil, constatou-se um dado social presente no seu dia a dia e que reclama por uma ação governamental eficiente e eficaz. Isso pressupõe enxergar o problema, reconhecê-lo e implantar uma política social efetiva, capaz de reconduzir estes sujeitos à cidadania, possibilitando-lhes o retorno à família e à vida em sociedade. Para colaborar com esta ação, e estando apoiado na prerrogativa constitucional assegurada no Sistema Único da Assistência Social brasileiro, a política de intervenção social aqui apresentada tem como premissa fundamental substituir a prática “higienista”, que tem sido adotada historicamente nas gestões da cidade. Isso pressupõe a adoção de processos intersetoriais e interdisciplinares articulados que reconheçam cada homem e cada mulher em situação de rua como seres integrais, possuidores de histórias e culturas, portanto, merecedores de uma vida com dignidade. Os resultados esperados vão da maior proatividade do Sistema Único da Assistência Social, através dos CRAS, CREAS e Centros POP, à reintegração familiar e social dos beneficiários. |
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